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E agora, Paula? Versão 2019!

Quando comecei este blog em 2016, contei aqui como ter esse espaço me ajudaria a externar meus sentimentos e interesses a fim de criar afinidade e conexões com outras pessoas que pensam (ou não) da mesma forma que eu. O objetivo sempre foi evoluir, trocar experiências e criar uma espécie de rede que um pudesse pelo menos trazer alguns assuntos à tona. Três anos depois, percebi que de tempos em tempos, a vida nos apresenta situações similares para ver se, de fato, aprendemos a lição.

Apesar dos conflitos e obstáculos que se apresentam no decorrer da vida, todas as vezes que fui subitamente arrancada da minha zona de conforto, automaticamente me transportei para um lugar incomodo e ao mesmo tempo excitante de auto reflexão. Nos últimos meses evitei pensar nos rumos que havia tomado, houve um encerramento de ciclo, recebi vários nãos e acabei caindo em um redemoinho emocional de frustração. Foi um processo que eu precisei vivenciar sozinha e acabei não dividindo com outras pessoas essas questões, pois sentia ser importante criar mecanismos que me ajudassem realmente a entender quais eram meus objetivos de vida e como eu ia dar novos passos na estrada de tijolinhos amarelos. Pode parecer prepotência, mas algumas vezes só nós podemos nos ajudar e encontrar as respostas para nossos próprios questionamentos.

O que muitas pessoas em momentos de crise não se dão conta é de que a dor por vezes é necessária para o crescimento. Dói ter que tomar decisões, dói ter várias inseguranças a respeito do que será o amanhã e dói renunciar a “estabilidade” que se pode – ilusoriamente – conseguir quando se escolhe literalmente perseguir o sonho de ser empreendedor. Por conta disso, até que “tudo dê certo” há cobranças muitas vezes disfarçadas de ajuda ou comentários do tipo: “mas você não quer passar em um concurso?”, ” você não acha que deve focar seu tempo em…” , “tá na hora de ganhar dinheiro”, “correr riscos? garanta o seu e pronto”, como se a vida de todo mundo tivesse que seguir o mesmo roteiro. É importante entender que cada pessoa tem seu caminho, faz escolhas e depois lida com as consequências sejam elas positivas ou negativas.

Sendo bem sincera, sabe o que mais eu tenho medo? É de não fazer o que gosto, de deixar o comodismo me alcançar, de achar que eu tenho que me enquadrar em algo que não me fará bem a longo prazo. Tenho medo de falhar comigo mesma. De aceitar um trabalho que me consome muitas horas e talvez horas pouco produtivas em troca de uma estabilidade em cifrão. Definitivamente, eu preciso de mais! Não fui feita para seguir regras comuns me submetendo a viver em uma caixinha. Pode parecer justo para muitas pessoas ganhar um bom salário ainda que não haja grande  contentamento no trabalho, mas ao longo do tempo é possível que surjam questões envolvendo temas delicados como desmotivação, depressão e conflitos de várias espécies, podendo refletir seriamente no bem estar pessoal e profissional do indivíduo.

Tendo essa visão, desde cedo entendi que minha alma necessita de liberdade para dar asas a minha mente criativa. Eu realmente preciso me alimentar diariamente de desafios e por sentir uma sede insaciável por conhecimento e ter interesses variados, é essencial a troca e a conexão com outras pessoas que também desejam aprender e compartilhar. Há inúmeras possibilidades e eu não quero viver entre o preto e o branco sabendo que além de vários tons de cinza, existe também um arco-iris todo colorido para ser apreciado e explorado. A vida é para os fortes, não dá pra brincar em serviço e eu não estou aqui a passeio! Vamos juntos?

E você como tem lidado com a vida profissional? Tem vontade de empreender? Me conte nos comentários!

E agora, Paula? Versão 2019!