MUI

Das pequenas felicidades da vida…

Eu nunca sonhei em ter grandes fortunas. Exceto uma vez ou outra que me ocorreu “sim, agora seria um ótimo momento para viajar de classe executiva” ou “adoraria poder comprar uma passagem pro Caribe e me refugiar lá por tempo indeterminado”. Eu gosto de comer bem e ter algumas coisas legais, mas não faço questão de usar roupas ou bolsas de marca, não costumo comprar artigos de luxo, não tenho carro e também não frequento lugares requintados. Mas é claro que sempre corri atrás de ter um emprego e de estudar para que quando as boas oportunidades surgissem eu estivesse minimamente preparada. Por que estou dizendo isso? Porque cada dia que passa me interesso mais em desfrutar das pequenas felicidades da vida, ou seja, da minha vida.

Jantar todas as noites sentada à mesa com minha família e poder ouvir os relatos de como foi o dia de trabalho deles é uma das coisas que mais valorizo no meu cotidiano (houve uma época que esse momento não era possível porque eu fui morar e estudar em outra cidade). Às vezes, a TV está ligada e comentamos as notícias do jornal ou o desfecho da novela. Gosto da interação e do contato diário com as pessoas que mais me ouvem e me apoiam. É muito prazeroso ter com quem compartilhar as ideias que pipocam na minha cabeça. E olha que são muitas, não raras vezes mal consigo dormir de tanta animação com minhas descobertas sobre diversos temas.

As experiências, as oportunidades de crescimento, de conhecimento e de troca com as pessoas é o que realmente me move e que verdadeiramente dá sentido a minha existência. Se um dia eu tiver muito dinheiro será ótimo, mas não vou perder minha saúde e momentos importantes da vida com o intuito de acumular uma fortuna que vai ficar nesse plano depois que eu me for. Estou dizendo isso mas não pensem que não sou ambiciosa ou que esse é um texto que prega o desapego com base em algum preceito religioso, ou até mesmo que vou me contentar com qualquer coisa e que estou disposta a passar dificuldades. De forma alguma! Tenho meus pais e meus avós como exemplos de pessoas batalhadoras que construíram com muito esforço tudo o que têm e é esse caminho que também trilharei minha história que eu espero seja de êxito.

Enfim, o que eu quero dizer e não sei se até aqui fui suficientemente clara, é que se tenho forças para correr atrás dos meus sonhos e se tenho tanta confiança de que a minha jornada até aqui fez algum sentido, é porque tenho meus pais perto de mim. Tenho com quem compartilhar minhas conquistas e também minhas derrotas. Tenho um abraço apertado e um olhar de cumplicidade em todas as situações. As minhas vitórias só fazem sentido porque eles estão ali comigo vibrando a cada degrau que subo. No dia que eles faltarem (caso aconteça a lei natural da vida) só me restará a ressignificação porque muita coisa certamente se perderá pelo caminho. Minha força não está no meu cabelo comprido, nem no salto – que na maior parte do tempo eu dispenso -, nem numa etiqueta, muito menos em uma pose. Minha força está na base familiar que tenho, na autoestima que fui me ensinando a ter e, principalmente, nos laços de amor que construí.

A cada dia que passa sinto menos necessidade de obter coisas supérfluas. E isso não quer dizer deixar de comprar uma blusinha na promoção ou tomar um sorvete de duas bolas numa sorveteria gourmet. Porém, percebi a tempo que uma vida mais simples envolve muito mais prazeres e descobertas do que a busca desenfreada por dinheiro que não se justificará caso não haja alguém com quem eu possa aproveitar as maravilhas da vida – sem ter, eventualmente, por trás segundas intenções. Sinceramente, acredito que as batalhas pelo material e pelo que é palpável faz todo o sentido na busca pelo desenvolvimento pessoal, mas creio que o verdadeiro caminho que devemos percorrer é o que está dentro da gente. Um caminho que só nós conhecemos, sem máscaras ou disfarces sociais. Só assim seremos genuinamente felizes com as coisas – simples – da vida.

 E pra você quais são as pequenas grandiosidades da vida? O que te deixa realmente feliz? Me conte nos comentários ou me mande um e-mail!

Das pequenas felicidades da vida…