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Conclusões dos 20 e poucos anos

Eu tenho vinte e sete anos. Eu. Tenho vinte e sete. Anos. Não faz muito tempo eu tinha dezessete, estava no último ano da escola, fazendo cursinho e pensando em qual curso escolher na hora de me inscrever no vestibular. Também tinha vários sonhos e me sentia meio deslocada, às vezes. É que eu sempre achei a cidade do interior que eu morava pequena demais para todos os meus – grandes – objetivos. O tempo passa rápido e é impiedoso com os que não se movem. Ainda bem que eu me movi. Falta um bocado para eu me tornar a pessoa com que sonhei na adolescência, mas tenho a tranquilidade de admitir que as coisas não vão nada mal.

Ainda assim, a proximidade inevitável dos trinta – sim, porque estou muito mais próxima dos trinta do que dos vinte – tem me deixado mais pensativa que o usual. Eu me sinto uma pós-adolescente até hoje, mas a verdade é que tenho vinte e sete. E com vinte e sete minha mãe já estava casada com meu pai e me gerando em seu ventre. Estou longe de pensar em casar e ter filhos. Porém, trabalho todos os dias para deixar algo meu no mundo. “Mostrar a que veio” não é só uma frase de efeito, mas é também um sentimento real que os seres humanos têm que lidar. É uma tentativa de fazer a existência ter um pouco mais de graça e sentido.

Não raras vezes, ouço as pessoas planejando algo mirabolante que na cabeça delas vai realmente mudar o mundo. É muita presunção cogitar fazer qualquer coisa com este intuito. Claro, a menos que você seja Einstein ou Isaac Newton. Pelo menos no que diz respeito ao campo da comunicação, ninguém que, de fato, inovou nessa área passava os dias imaginando como fazer algo extraordinário. As pessoas que realmente admiro trabalhavam naquilo que acreditavam., e esse é o primeiro passo para qualquer tipo de mudança. O resto é pura forçação de barra!

Quanto a mim, tenho vinte e sete anos e não planejo mudar o mundo tão cedo. Contento-me com as pequenas mudanças que sou capaz de promover. A começar pela minha própria vida. Sou uma pessoa muito curiosa, criativa, gosto de aprender coisas novas, de escrever, de criar e preciso constantemente de desafios para me sentir mais viva e produtiva. Além disso, tenho muito orgulho da minha trajetória acadêmica, de ter escolhido cursos como: Letras, Comunicação e me especializado em marketing, pois essa combinação me deu base para compreender as nuances  e as várias possibilidades da área que escolhi trabalhar.

Ter estudado tanto e começado a me dedicar ao que realmente gosto de fazer pode não ter mudado o mundo, mas certamente mudou a minha vida. E, na minha opinião, quando algo é capaz de mudar o status quo de pelo menos uma pessoa, então já possui um grande valor. Por isso, antes de cogitarmos a utopia de mudar o mundo, existe uma tarefa muito mais simples e igualmente transformadora: mudar de analista. De resto, mantenha a calma, faça a sua parte e pare de mimimi!

 

Conclusões dos 20 e poucos anos